Curiosidades: Corujas pra todo lado, mas por quê (Kurioses: Überall Eulen, aber wieso)?

Por: M. Fábia P. V. Willems

Nos últimos tempos tem-se multiplicado a venda de objetos em forma de coruja nas cidades da Alemanha. Há de tudo: brincos, colares, anéis, relógios, pingentes, placas, bonequinhas, almofadas, bolsas, bolsas quentes, bolsinhas para moedas, capas de cadernos, bolos e mufins, selos, púlpidos etc. Mas também em outros países, observamos essa tendência, como no Brasil.

Mas por que a coruja é tão na moda?

A rainha da noite

Em latim é Noctua, “ave da noite”. Po isso, enquanto os homens dormem, a coruja está de olhos bem abertos, observando o mundo que a cerca. De visão super potente, ela enxerga 100 vezes mais que o ser humano.

Por enxergar através da escuridão e ouvir bem, ela consegue ver mais que outros seres, sendo assim uma ótima caçadora.

A coruja tem também a particularidade de conseguir girar o pescoço em até 270º para observar algo ao seu redor, permanecendo com o resto do corpo sem o menor movimento.

A coruja: um símbolo importante

Para muitos povos a coruja simboliza a sabedoria, a inteligência, o conhecimento e o mistério, assim como a reflexão, o conhecimento racional e intuitivo. Por ser um ser noturno, acreditava–se que o momento mais propício para o pensamento filosófico era à noite 😉

Por que será que estamos vendo a cada dia mais objetos com a coruja?

A coruja e a mitologia grega

Na mitologia grega, a deusa da guerra e justiça, Atena, chamada de Minerva na mitologia romana.

A deusa tinha uma coruja de estimação que permanecia sempre em seu ombro, revelando-lhe as verdades invisíveis. Por isso Atena também é considerada a deusa da sabedoria.

Acreditava-se, inclusive, que quem comia carne de coruja adquiria seus dons de previsão e clarividências, mostrando poderes divinos.

A coruja e o dinheiro

Uma curiosidade: a coruja também está presente em moedas e notas pelo mundo.

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Moeda grega antiga

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moeda grega atual de 1 Euro

Pequena Coruja na nota de 1 Dólar americano

A coruja: o símbolo do conhecimento

A coruja é escolhida como mascote dos escoteiros e dos cursos universitários de Filosofia, Pedagogia e Letras.

Símbolo da cidade de Ulm, Alemanha

A coruja na língua portuguesa

Em português usa-se a expressão „ser coruja“ quando membros de uma família que dizem tudo de maravilhosos sobre suas crianças, não vendo defeito neles.

A expressão nasceu da fábula “A coruja e a águia”, divulgada no Brasil pelo escritor Monteiro Lobato. Conta a estória de duas aves que depois de muitas brigas, resolveram fazer as pazes. A coruja propôs à águia que uma não comesse mais o filho da outra e a águia concordou. Pediu apenas que a coruja lhe descrevesse seus filhotes para que ela, vendo-os, não os devorasse. Orgulhosa, a coruja estufou o peito e disse serem seus filhos as criaturas mais lindas da floresta – alegres, cheios de uma graça especial. Dias depois, em seu vôo matinal para se alimentar, a águia avista um ninho com alguns monstrengos que piavam de bico muito aberto. “Claro que não podem ser os filhos da coruja”, raciocinou a rainha das aves. E os devorou. Ao regressar à toca, a coruja chorou amargamente e procurou pela águia. “Quê”, disse esta, admirada: “Eram seus aqueles monstrengos? Pois olha, não se pareciam nada com o retrato que você me pintou deles”. Como diz o ditado: “Quem ama o feio, bonito lhe parece”.