Curiosidades: Happy hour na Farmácia (Curioses: Happy hour in der Apotheke)

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or: M. Fábia P. V. Willems

Você escuta „happy hour“ e pensa: Onde vai ter aí uns drinks?

Imagine só que na Alemanha tem happy hour na farmácia!

Como assim?

Nesse happy hour aí não tem coqueteis não! Nada de bebidas alcoólicas! Você vai lá numa sexta-feira, das 15 às 20 horas e consegue um desconto de 10 por cento.

Uma maneira criativa de conseguir novos clientes num horário de pouco movimento.

Quem tem interesse aí nesta promoção especial?

A farmácia fica em Stuttgart, capital do estado de Baden-Württemberg, no sul da Alemanha. É só descer na estação de metrô Stadt-Mitte, procurar a saída para a Rua Real (Könnigstrasse) e pegar a subidinha à direita. Ela fica pertinho da C&A.

Boa sexta e um excelente fim de semana.

Créditos: @linguaculturax & @fabiawillems

„Morgen“ – O mico passado por um russo na Alemanha

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Por: M. Fábia P. V. Willems

Recontando o contado – Me contaram que…

(Das Erzählte wiedererzählt – Man hat mir erzählt, dass…) 

Uma colega de curso de alemão me contou que um conhecido dela, também da Rússia, havia passado o maior mico numa farmácia quando chegou à Alemanha. A história do russo nos agradou tanto que passamos um tempão contando „causos“ engraçados que também tinha acontecido conosco. Rimos muito e decidimos estudar alemão ainda mais para evitar foras do tipo no futuro. Vou recontar o „causo pro cês“.

Relembrando, esta é uma história real de um russo, recém-chegado à Alemanha, cujo curso de alemão tinha acabado começar. Um tema ele já sabia bem: os cumpimentos. „Guten Morgen“ era bom dia. „Guten Tag“ era boa tarde“, „Guten Abend“ era boa noite e „Gute Nacht“ era boa noite também, que se dizia só quando se ia dormir. Fora isso sabia coisas simples, como o que era hoje (heute) e amanhã (morgen).

Ele fica doente e tenta comprar seu remédio numa farmácia na Alemanha, mas dá uma tremenda confusão por causa do „Morgen“. A intenção aqui é somente recontar o que me foi contato e não ridicularizar o russo, afinal, mal-entendidos como este podem acontecer com qualquer um de nós. Basta estar num outro país e não dominar o idioma local.

Boa leitura!

Folie1

Me contaram que o russo não estava muito bem. Vai ao médico. O doutor manda-o comprar o remédio que deve curar seus males. De receita na mão e esperança nos conhecimentos do senhor alemão se vai.

Primeira parada: a farmácia.

Na Alemanha, sempre há uma Apotheke (farmárcia) perto de um consultório médico. Normalmente, você encontra o medicamento  procurado lá. Vale a dica: Se você vai ao neurologista e quer comprar seu remédio na farmácia perto do seu trabalho, compre, mas corre o risco de ter que encomendar o medicamento primeiro, principalmente se nas proximidades houver um consultório de ginecologistas e nenhum neurologista. No dia seguinte, é certeza encontrá-lo então. Por que isso? É que as farmácias focam mais nos remédios recomendados pelos especialistas das proximidades.

Bem, voltando ao russo.

Após ativar seus neurônios sadios ele entra na farmácia e tenta formar uma frase em alemão, mas só sai russomão. O farmacêutico estende a mão. Receita recebida. Leitura calma. Digitado o nome no computador. Resultado: Zero! E assim continua a conversa:

– Wir müssen das Medikament bestellen!

– Bestellen.

– Morgen können Sie es abholen.

– Morgen?

– Morgen.

– Morgen.

– Auf wiedersehen. Bis morgen!

– Morgen.

Na manhã seguinte…

O russo, olhos caídos e corpo curvado,  entra na farmácia. O farmacêutico educado:

– Morgen!

O russo:

Morgen… 

E saí da farmácia.

O farmacêutico reclama para as paredes. O que foi isso?

No segundo dia:

Lá vem o russo novamente. Abre a porta da farmácia devagar, usando da força que restara em seus braços cansados. Sorriso pálido e tímido.

O farmaceutico, como sempre educado, diz:

– Morgen!

– Morgen. Ja. Ja.

E se vai novamente. O farmaceutico, pasmo, olhos estufados, cara pálida, resmunga:

– Was war das nochmal?

No terceiro dia, o farmaceutico ativou seus neurônios também.

O russo chega, face caída, cambaliando, quase sem cor e sem a possibilidade de ter neurônios ativados.

O farmacêutico não diz mais nada. Sorri levemente. Busca o remédio. Entrega-lhe somente a nota fiscal.

Remédio pago.

E, em posse de seu tão esperado remedinho, segue para casa aliviado.

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Esclarecimentos para aqueles que não entenderam o conto:

Folie2

Folie3

 

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