Por que 1° de Maio é Dia do Trabalho? ; Origem,Curiosidades, Reportagens, Filosofia e Literatura alemãs (Wieso ist der 1. Mai ein Feiertag?)

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Por: M. Fábia P. V. Willems

 

Já parou para pensar por que o feriado é chamado de Dia do Trabalho ou Dia do Trabalhador? Se você acha que já sabe tudo sobre esta história, veja os vídeos e a parábola em português e alemão que selecionamos para você. Descubra coisas incríveis sobre o feriado que nasceu com muito suor, lágrimas e sangue e que mudou a vida dos trabalhadores de todo o mundo. Bom feriado e mais dignidade para todas e todos!

 

 

Vamos conhecer a História do 1° de maio com um filme bem didático?

Vejamos o sentido original do Dia 1º de maio, o dia internacional dos trabalhadores. O filme teve sua estreia no dia 29 de abril no encerramento da III Conferência Distrital de Cultura, realizada no Museu Nacional da República, em Brasília (DF).

Créditos: Farid Abdelnour (Produção e direção) – Youtube: Jornal A Verdade

 

 

1° de Maio: Dia do trabalho (1. Mai: Der Tag der Arbeit)

 

Que tal ler agora um clássico da literatura alemã para um momento de reflexão? Se preferir, acompanhe o texto, assistindo aos vídeos abaixo em português.

Se preferir ouvir e ler o texto em alemão, veja nossas Dicas de Leitura!

 

Se Os Tubarões Fossem Homens

https://linguacultura.files.wordpress.com/2014/05/ff258-tubaroes.jpg

de Bertold Brecht

 

https://www.youtube.com/watch?v=PJnM03vBM_E

 

Se os tubarões fossem homens, eles fariam construir resistentes caixas do mar, para os peixes pequenos com todos os tipos de alimentos dentro, tanto vegetais, quanto animais.

Eles cuidariam para que as caixas tivessem água sempre renovada e adotariam todas as providências sanitárias, cabíveis se por exemplo um peixinho ferisse a barbatana, imediatamente ele faria uma atadura a fim que não morressem antes do tempo.

Para que os peixinhos não ficassem tristonhos, eles dariam cá e lá uma festa aquática, pois os peixes alegres tem gosto melhor que os tristonhos.

Naturalmente também haveria escolas nas grandes caixas, nessas aulas os peixinhos aprenderiam como nadar para a guela dos tubarões.

Eles aprenderiam, por exemplo a usar a geografia, a fim de encontrar os grandes tubarões, deitados preguiçosamente por aí. aula principal seria naturalmente a formação moral dos peixinhos.

Eles seriam ensinados de que o ato mais grandioso e mais belo é o sacrifício alegre de um peixinho, e que todos eles deveriam acreditar nos tubarões, sobretudo quando esses dizem que velam pelo belo futuro dos peixinhos.

Se encucaria nos peixinhos que esse futuro só estaria garantido se aprendessem a obediência.

Antes de tudo os peixinhos deveriam guardar-se antes de qualquer inclinação baixa, materialista, egoísta e marxista e denunciaria imediatamente aos tubarões se qualquer deles manifestasse essas inclinações.

Se os tubarões fossem homens, eles naturalmente fariam guerra entre sí a fim de conquistar caixas de peixes e peixinhos estrangeiros.

As guerras seriam conduzidas pelos seus próprios peixinhos. Eles ensinariam os peixinhos que entre eles os peixinhos de outros tubarões existem gigantescas diferenças, eles anunciariam que os peixinhos são reconhecidamente mudos e calam nas mais diferentes línguas, sendo assim impossível que entendam um ao outro.

Cada peixinho que na guerra matasse alguns peixinhos inimigos

Da outra língua silenciosos, seria condecorado com uma pequena ordem das algas e receberia o título de herói.

Se os tubarões fossem homens, haveria entre eles naturalmente também uma arte, havia belos quadros, nos quais os dentes dos tubarões seriam pintados em vistosas cores e suas guelas seriam representadas como inocentes parques de recreio, nos quais se poderia brincar magnificamente.

Os teatros do fundo do mar mostrariam como os valorosos peixinhos nadam entusiasmados para as guelas dos tubarões.

A música seria tão bela, tão bela que os peixinhos sob seus acordes, a orquestra na frente entrariam em massa para as guelas dos tubarões sonhadores e possuídos pelos mais agradáveis pensamentos .

Também haveria uma religião ali.

Se os tubarões fossem homens, ela ensinaria essa religião e só na barriga dos tubarões é que começaria verdadeiramente a vida.

Ademais, se os tubarões fossem homens, também acabaria a igualdade que hoje existe entre os peixinhos, alguns deles obteriam cargos e seriam postos acima dos outros.

Os que fossem um pouquinho maiores poderiam inclusive comer os menores, isso só seria agradável aos tubarões pois eles mesmos obteriam assim mais constantemente maiores bocados para devorar e os peixinhos maiores que deteriam os cargos valeriam pela ordem entre os peixinhos para que estes chegassem a ser, professores, oficiais, engenheiro da construção de caixas e assim por diante.

Curto e grosso, só então haveria civilização no mar, se os tubarões fossem homens.

Fonte: http://letras.mus.br/bertold-brecht/180411/

 

Gostou do texto e quer saber mais sobre seu autor? Então consulte nossas Dicas de Leitura!

DICA LEGAL:

Que tal ouvir agora este texto em alemão com o Áudio livro Wenn die haifische Menschen wären. Começa aos 13 minutos e 55 segundos!

Um bom exercício seria para quem está aprendendo a língua, por exemplo, seria observar os verbos grifados e tentar identificar os tempos e modos usados. Vamos tentar?

Bertolt Brecht – Geschichten vom Herrn Keuner (ausgewählte Texte) – Créditos: Youtube – LichtdesPrometheus

 

Ausgewählte Texte aus Brechts „Geschichten vom Herrn Keuner“ habe ich mal als Mirkofontest eingesprochen. Freude dem aufmerksamen Zuhörer.

 

 

Bertolt Brecht
Wenn die Haifische Menschen wären

 

„Wenn die Haifische Menschen wären“, fragte Herrn K. die kleine Tochter seiner Wirtin, „wären sie dann netter zu den kleinen Fischen?“
„Sicher“, sagte er. „Wenn die Haifische Menschen wären, würden sie im Meer für die kleinen Fische gewaltige Kästen bauen lassen, mit allerhand Nahrung drin, sowohl Pflanzen als auch Tierzeug. Sie würden dafür sorgen, dass die Kästen immer frisches Wasser hätten, und sie würden überhaupt allerhand sanitärische Maßnahmen treffen, wenn z.B. ein Fischlein sich die Flosse verletzten würde, dann würde ihm sogleich ein Verband gemacht, damit es den Haifischen nicht wegstürbe vor der Zeit.

Damit die Fischlein nicht trübsinnig würden, gäbe es ab und zu große
Wasserfeste; denn lustige Fischlein schmecken besser als trübsinnige.

Es gäbe natürlich auch Schulen in den großen Kästen. In diesen Schulen
würden die Fischlein lernen, wie man in den Rachen der Haifische schwimmt. Sie würden z.B. Geographie brauchen, damit sie die großen Haifische, die faul irgendwo rumliegen, finden könnten. Die Hauptsache wäre natürlich die moralische Ausbildung der Fischlein. Sie würden unterrichtet werden, dass es das Größte und Schönste sei, wenn ein Fischlein sich freiwillig aufopfert, und sie alle an die Haifische glauben müssten, vor allem, wenn sie sagten, sie würden für eine schöne Zukunft sorgen. Man würde den Fischlein beibringen, dass diese Zukunft nur gesichert sei, wenn sie Gehorsam lernten. Vor allen niedrigen, materialistischen, egoistischen und marxistischen Neigungen müssten sich die Fischlein hüten, und es sofort melden, wenn eines von ihnen solche Neigungen verriete.

Wenn die Haifische Menschen wären, würden sie natürlich auch
untereinander Kriege führen, um fremde Fischkästen und fremde Fischlein zu erobern. Die Kriege würden sie von ihren eigenen Fischlein führen lassen. Sie würden die Fischlein lehren, dass zwischen ihnen und den Fischlein der anderen Haifische ein riesiger Unterschied bestehe. Die Fischlein, würden sie verkünden, sich bekanntlich stumm, aber sie schweigen in ganz verschiedenen Sprachen und könnten einander daher unmöglich verstehen.
Jedem Fischlein, das im Krieg ein paar andere Fischlein, feindliche, in anderer Sprache schweigende Fischlein, tötete, würde sie Orden aus Seetang anheften und den Titel Held verleihen.

Wenn die Haifische Menschen wären, gäbe es bei ihnen natürlich auch eine Kunst. Es gäbe schöne Bilder, auf denen die Zähne der Haifische in prächtigen Farben, ihre Rachen als reine Lustgärten, in denen es sich prächtig tummeln lässt, dargestellt wären.

Die Theater auf dem Meeresgrund würden zeigen, wie heldenmütige Fischlein begeistert in die Haifischrachen schwimmen, und die Musik wäre so schön, dass die Fischlein unter ihren Klängen, die Kapelle voran, träumerisch, und in der allerangenehmste Gedanken eingelullt, in die Haifischrachen strömten.

Auch eine Religion gäbe es ja, wenn die Haifische Menschen wären. Sie
würde lehren, dass die Fischlein erst im Bauche der Haifische richtig zu leben begännen.

Übrigens würde es auch aufhören, dass alle Fischlein, wie es jetzt ist, gleich sind. Einige von ihnen würden Ämter bekommen und über die anderen gesetzt werden. Die ein wenig größeren dürften sogar die kleineren fressen. Dies wäre für die Haifische nur angenehm, da sie dann selber öfter größere Brocken zu fressen bekämen. Und die größeren, Posten innehabenden Fischlein würden für die Ordnung unter denn Fischlein sorgen, Lehrer, Offiziere, Ingenieure im Kastenbau werden.

Kurz, es gäbe erst eine Kultur im Meer, wenn die Haifische Menschen wären.

 

DICAS DE LEITURA

Em português:

Em alemão:

  • Bertolt Brecht – Wenn die Haifische Menschen wären, von B. Brecht(lehrerfortbildung-bw.de) – Eine Aufgabensammlung  [doc] [140 KB] zur Erschließung von Brechts berühmter Parabel „Wenn die Haifische Menschen wären“ enthält u.a. Arbeitsaufträge zur Textanalyse und zur Erarbeitung gattungsspezifischer Merkmale. Ein Lösungsblatt [doc] [38 KB] gibt Hinweise für die Anwendung dieser Merkmale auf Brechts Parabel. Erläuterungen zum Unterrichtsverlauf finden Sie auf diesem Hinweisblatt [doc] [51 KB].
  • Bertolt Brecht „Wenn die Haifische Menschen wären“Unterrichtsmaterial für die Klassen 9-11 zur Erarbeitung der Parabel.  Neben Vorschlägen zum Einstieg finden sich hier zwei nach unterschiedlichen Leistungsniveaus differenzierte Präsentationen sowie ein Arbeitsblatt zur Inhaltssicherung und Einübung der Konjunktiv II Formen. Zusätzlich finden Sie einen Klausurvorschlag und einen Bewertungsbogen für den Interpretationsaufsatz.

 

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